Vi e li com alguma apreensão quer a entrevista da ministra Isabel Alçada ao Expresso quer as declarações à comunicação social que vieram confirmar o que tinha dito ao semanário.
E eu que pensava que tinha sido um mal entendido e que a ministra se ia recompor como fez a Ministra do Trabalho que afinal disse que a função pública não ia ser aumentada quando horas antes o DN dizia que sim que o salário dos funcionários públicos iria ser actualizado de acordo com a inflacção..
Isto dos chumbos é bastante complexo. A oposição opôs-se veementemente, ri-me com o líder do PCP quando este falou que esta proposta era um lapso. Portanto até a esquerda conotada como permissiva, discorda da medida. E eu também discordo.
Primeiro porque Portugal não é um país nórdico nem na educação, nem na economia, nem nas infraestruturas, nem mesmo na educação dos seus cidadãos. Portugal não é a Finlândia e, portanto, não se pode comparar a competência do sistema português ao irlandês. Portugal tem mesmo que perder este vício de comparar o incomparável. Nestes países os professores acompanham quase que ao minuto os seus alunos logo a taxa de reprovação tem de ser reduzida, quase nula e não há a necessidade de se reprovar nenhum aluno.
Apesar de reconhecer que os chumbos saem caro ao Estado português, tenho também a convicção que em certos assuntos não pode entrar austeridade, PEC´s ou qualquer outra forma de poupança.. a educação é um assunto muito sério e para mim quem não sabe, falta, é simplesmente mal educado, não trabalha merece uma reprovação. É simples. Reprovar é penalizar. E há casos que reconheço que a penalização é injusta, nos casos de doença por exemplo. Mas aí é uma ajuda para o aluno ganhar bases para enfrentar a vida.
Os chumbos não podem ser ilegais.. eles fazem parte da escola. Há os que passam e os que não passam, venha quem vier isto deverá continuar a ser assim. Para bem dos alunos, da escola pública e de Portugal...
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