Escrevo nervosamente este texto. Realmente escrever sobre uma geração como a minha, a seguinte e a que aí vem, é complexo. Muito complexo. Mas é fácil, ou não...
Bem, há que começar por dizer que esta geração é a mais bem preparada de sempre (academicamente) e sofre hora a hora a rejeição do tipo "ah és mestre nisto? então esquece, não dá". A entidade empregadora está cada vez mais decidida em nos barrar as portas. E porquê?
Primeira explicação: imoralidade de quem emprega;
Segunda explicação: Incapacidade de empregar muitas pessoas sobretudo com cursos superiores;
Terceira explicação: falta de conhecimento técnico por parte de muitos licenciados;
Quarta Explicação e a fundamental: Falta, muita falta de capacidade mobilizadora da geração "à rasca". E continuaremos assim "rascas" durante muito tempo. E aqui é que se deve fixar o ponto "p" desta matéria: os reformados sofrem cortes e cortes nas reformas.. onde estão os jovens? os desempregados continuam a receber misérias... ond estão os jovens? Pessoas com 40 anos na rua.. onde páram os jovens?
Seremos um movimento ou uma sociedade? Digam-me? Teremos capacidade de nos unir e protestar por aquele, o Zé, sim aquele que recebe uma porra de uma reforma de 200 euros e que vai pagar serviços médicos se não for urgente? Teremos nós humanidade de espírito para perceber que só todos juntos é que conseguiremos?
Desta forma somos mesmo "rascas" de humanidade "rascas" de solidariedade, "rascas" de conseguir perceber quem não é jovem, capacidade de olhar o outro, frontalidade e seremos prós em egoísmo, comodismo, orgulho, passividade quando não nos interessa, fracos de espírito, incapazes de ser os jovens no melhor sentido da palavra: pessoas novas, com sangue novo que permita renovar isto tudo. Agora, não se manifestem só por nós: há tanta, tanta gente que precisa ser representada.. E nós se não os representarmos também um dia não teremos representação. Somos mesmo rasca...
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