quarta-feira, 24 de novembro de 2010

uma eternidade de saudade..

Onze anos depois…

Onze anos depois o povo português continua grato à grande artista que foi, é e sempre será Amália Rodrigues.

Eu faço parte do povo português autêntico. E aqui não quero entrar em cisões entre os portugueses do antigamente e os de hoje. Quero apenas distinguir um povo que não esquece os que o afirmaram sem vergonha, com orgulho de pertencerem a tal raiz que nos particulariza, e os que simplesmente por não saberem, por não quererem ou por simplesmente ignorarem, não lhes dão a devida homenagem. É aqui que há uma divisão: há os que têm memória e os que se esquecem… Eu faço parte da primeira categoria.

É-me impossível esquecer Amália. E não é porque sou saudosista e tudo isso. Não. É porque não consigo deixar de lhe reconhecer um dom: o de encantar o Mundo inteiro com a música que nos caracteriza (tenha esta música origens ou não no povo luso). Amália foi capaz de na sua postura popular, anti-encantamento, numa postura que nos deixava cheiinhos de orgulho. Amália foi capaz de subir aos maiores palcos do Mundo e conseguiu encantar toda a gente com o seu jeito tão português. Amália era do povo e disso se orgulhava. Era popular e adorava sê-lo. E é isso que mais me fascina. Com o sucesso que conquistou sempre manteve a sua maneira de ser, ao contrário de estrelas de um ano de carreira… Hoje o que vemos não é o espírito de entrega, de sacrifício tão próprio de Amália. Por isso nestes onze anos que passam sobre a sua morte não posso, não devo aliás, passar ao lado desta data para justamente afirmar que hoje a arte está votada para um determinado público, onde os actores, cantores, humoristas se iludem com pouco…

Ao ouvir o “Povo que lavas no rio” vejo isso mesmo: Amália era do povo e queria continuar a ser. E é. Para sempre será sempre a nossa Amália. Para nós que não a esqueceremos nunca, para nós que temos memória. Para nós que honramos o verdadeiro espírito de entrega desta artista magnífica. Hoje não tenho mais a dizer, apenas um sentido obrigado.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

as cinco pedras do xeque..

Ontem o F.C.Porto ganhou (goleou) o Benfica por expressivos 5-0. Justíssima vitória, excelente exbição do FCP. Péssima actuação de Jorge Jesus, negativíssima prestação dos jogadores do Benfica. O sumário está feito.

O futuro dirá quem será campeão. Jorge Jesus posicinou-se em xeque. O Porto tem a faca e o queijo na mão e só depende de si para voltar a ser o campeão de Portugal. Bem, eu como benfiquista ficaria-me bem dizer que tudo irá correr muito bem e que tudo será tranquilo. Não vai ser nada fácil mas o SLB só está em xeque.

Falta o mate final! Faltam 20 jogos, 60 pontos. O que animará o campeonato será o início das dificuldades de André Villas-Boas (as lesões, as expulsões) e aí na derrota queremos ver o carácter deste jovem treinador. Mas tenho algum receio de ver o treinador do FCP nas derrotas já que contra o v. Guimarães não perdeu e fez realmente um espectáculo mais do que triste. Mas para já está tudo a correr bem!

Uma última nota: o Norte mostrou mais uma vez a sua força. Os dois "grandes" de Lisboa foram derrotados de forma categórica por dois grandes clubes nortenhos. Ah e este ano o Braga nem se vê!