quarta-feira, 19 de maio de 2010

o dia de anos

Hoje faço anos! Nao, não quero que me me digam "Parabéns!". Quero é escrever o que sinto. Fazer anos é sempre especial, se bem que cada vez estamos mais velhos... mas fazer anos é também reflectir, pensar no que foi feito, no passado, ter saudades..

Hoje ao acordar pensei: Ui que finalmente já chegou o dia.. Lembrei-me da minha mãr e do beijo que ela me dava quando eu fazia anos, lembrei-me do chilrear dos pássaros que me diziam logo pela manhã "Parabéns", lembrei-me dos meus super amigos que me saúdavam como se não houvesse amanhã, lembrei-me das cozinheiras da escola que me serviam o almoço (aquelas que me enchiam o prato, e ainda perguntavam se queria mais), lembrei-me do cantar dos parabéns na sala de aula, lembrei-me dos dias de anos passados no clima reconfortante da cidade de Viseu..

Mas pensemos no presente: hoje cá estou, vou passar o dia de anos como um dia qualquer, hoje vou ao Mac buscar um Big Mac para comer cá em casa sozinho, ou melhor: acompanhado pelo espírito, tipo telepatia.. a presença físisca é sempre outra coisa.. mas hoje espero ser minimamente feliz.. ahh e claro espero que tudo passe rápido para que chegue sexta, sábado e domingo, para aí sim ser verdadeiramente feliz, nem que seja só um fim-de-semana

Ah e quero agradecer-vos pela paciência que tiveram ao ler este texto..

terça-feira, 18 de maio de 2010

Benfica

Jogos total: 51; Vitórias: 38; Empates: 7; Derrotas: 6;
Golos Marcados: 124; Golos sofridos: 37

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um país de pólos: os filhos de uns e os filhos de tal

Quando abrimos um jornal ou assistimos a um telejornal assistimos a dois polos: o pólo de uns e o pólo dos filhos de tal. Estão tão separados como o do Norte e o do Sul!

É constante ao folhearmos o jornal lermos histórias de um idoso que morreu por inalação de fumos, devido ao facto de estar sozinho todo o dia, é costume ouvir histórias de crianças que passam necessidades, que vão magras para a escola, que são marginalizadas..
Os mais velhos hoje são pessoas sem tudo: sem dinheiro muitas vezes para a conta nas farmácias, sem dinheiro para comer como ditam as regras, sem esperança, sem futuro à vista, sem Governos fortes e empenhados na defesa dos seus direitos. E têm ao mesmo tempo com tudo: têm desprezo, têm desolação, têm revolta... Ah e não têm outra coisa; voz, ou melhor não têm vontade de protestar, não têm também força para verem os seus desejos cumpridos, são pessoas ausentes da democracia porque a democracia lhes idsse "bye bye". Trata-se de pessoas cheias de instabilidade, de uma instabilidade estável, paradas em casa (a maioria), paradas no seu Mundo, ali ficam sós, desamparados, sem comer como deviam, ali ficam a definhar, esperando "que ela chegue", ela a morte obviamente. Sim, porque a reforma quando chega não traz grande felicidade para merecer uma espera: é muito curta para tão grandes encargos..

Ora e do outro lado da folha do jornal aparecem uns filhos de tal.. Chamam-lhes grandes gestores de empresas públicas. Grandes! Grandes porquê? Presumo que seja (e só pode ser isso) pela alta posição do seu cargo e pela importância da empresa. Porque grandes, lamento esses senhores não são. Grandes são aqueles que durante toda a vida trabalharam para nós e por nós e hoje injustamente não são apoiados na doença. Esses sim foram grandes e ainda hoje o são porque conseguem aguentar tal revolta..
Estes filhos de tal recebem tanto dinheiro porquê? Descobriram a cura da SIDA? Não, apenas descobriram como pôr uma empresa a dar lucro.. Claro que grande trabalho que isso dá.. Tantas horas a ler livros, o suor a cair da testa, que grande trabalheira. Pois e esses filhos de tal são hoje uns heróis porque, quais santos milagreiros, salvaram x empresa e x organização. Mas como é que isto é possível? Será que são esses senhores de tal que trabalham de sol-a-sol quase a reparar os postes de muito alta tensão? Será que são esses senhores que arriscam perder a vida ao tocar num fio no qual não deviam pôr o dedo (EDP)? Será que são esses senhores de tal que passam o dia a levantar os auscultadores a ouvir as reclamações penosas dos clientes sem telefone há quinze dias? Será que são esses senhores que estão ali junto dos clientes a ouvi-los, a acalmá-los? Não, nunca jamais em tempo algum! Esses senhores de tal são os heróis, os outros que trabalhem. Faz-me lembrar a História: ganhamos Aljubarrota! Quem foi o protagonista? Foi o Mestre de Avis que até tinha prometido à Virgem erguer um mosteiro. Claro.. até porque foi ele que aviou os espanhóis heroicamente.. Até porque foi o Mestre de Avis que arriscou a sua vida minuto a minuto, lutando pela Pátria.. A verdade é que os grandes heróis (neste caso os combatentes) são sempre os esquecidos - até se diz que dos fracos não reza a História, porque os fracos são aqueles que não aparecem, são os anónimos (os tais que fazem os conhecidos ganharem).

Somos um povo cheio de orgulho do nosso passado! Vivemos para ele: desde o Fado, ao D. Nuno Álvares passando pelo centenário da República, tudo o que é passado merece ser glorificado e tornado símbolo nacional. Não será que devemos olhar para o que temos hoje? Não será que devemos olhar para estes senhores de tal e fazer alguma coisa, como taxar-lhes uma boa parte do salário? Não será que devemos coroar estes mais velhos com uma merecida coroa olímpica cheia de honra? Pois, mas neste país só dos "grandes" é que reza a triste história de um povo cinzento e ignorante até..

mais uma semana

Mais uma semana passou.. os dias passam, as horas correm, os minutos voam..

Hoje estou a poucas horas de fazer 19 anos. Quando me perguntam a idade e quando respondo dizem: Meu Deus como os anos passam! Ainda ontem estavas no carrinho de bebé! Pois é.. os anos passam.
A solução passa por viver cada segundo como se do último se tratasse. Normalmente diz-se "um dia de cada vez"; eu digo: cada segundo de cada vez.. Porque enquanto eu escrevia este mísero texto, tanta gente partiu, quantas injustamente..

A vida é assim.. temos que aprender a suportar a dor, a dor da vida, a dor da Natureza

Não há mais nada a dizer.. é a vida!