segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Isto das autárquicas em Viseu

Bem... parece que já passou uma eternidade.. e passou mesmo. Há muito que não escrevo.

Decidi voltar na ressaca das autárquicas. Nada melhor do que sentar e ler os números. Vamos a factos:

Almeida Henriques vence e vence bem, com larga vantagem sobre a concorrência designadamente sobre um PS que anda com muito "sono" em Viseu;

José Junqueiro é o principal derrotado da noite eleitoral de Viseu. Porquê? Simples: com um adversário mais fraco consegue a proeza de...ter apenas mais 2% dos votos para o seu partido. Incrível, não é? Não, por acaso não é nada incrível. Eu já esperava.

Dos três candidatos que tinham sido eleitos para um cargo e... decidiram voltar a Viseu quando chegou a oportunidade.. apenas Helder Amaral foi feliz, muito feliz. Elege um vereador para a Câmara, aproxima-se dos 10% (extraordinário.) e consegue ir buscar votos ao PSD... de Almeida Henriques.. É que com Ruas isto talvez não fosse possível.

CDU e Bloco ganham importância na cidade, talvez aí se veja o não crescimento significativo do Partido Socialista.

A Assembleia Municipal é claramente laranja mas um dado curioso: aqui o Bloco passa para 4ª força com 1 deputado municipal. Será que para dirigir a Câmara os viseenses não viram capacidades em Manuela Antunes?

Nota importantíssima para os votos brancos e nulos. Eu ontem comentei um artigo do Público que abordava esta temática e escrevi que das duas uma: ou os viseenses têm medo da mudança porque não vêem alternativas à esquerda ou à direita do PSD ou isto é pura e simplesmente uma forma de mostrar que as alternativas não souberam ser isso mesmo... alternativas.

Resumindo: o PSD com um candidato aparente e comprovadamente mais fraco vence.. e convence. Incrível. Isto sim é incrível. Falha brutal de alternativas.
O dado mais lamentável é este. Dirigindo-me aos candidatos de PSD, PS e CDS: com todo o respeito eu e tantos milhares de viseenses saímos de casa para eleger futuros deputados à Assembleia da República, órgão máximo da democracia portuguesa. E a possibilidade de cumprir os mandatos para que foram eleitos, não esteve nos planos? Mais uma vez isto é lamentável. Sem cores políticas, sem partidarites, mais uma vez há desrespeito pelos eleitores que elegem alguém para deputado e ao fim de dois anos toca de abandonar para concorrer a outro cargo diferente. Excelente!